O que é realmente a doença celíaca?
Um pouco de história
Há quase 2000 anos foi relatado, o que se pensa ter sido o primeiro caso da doença celíaca, um caso de "sofrimento das entranhas", por um dos mais célebres médicos gregos.
Passados 200 anos foram relatados casos semelhantes na literatura médica.
A grande descoberta que acabou por conduzir à dieta sem glúten, foi feita pelo pediatra holanês Willem-Karel Dicke. Durante a Segunda Guerra Mundial, quando a farinha de trigo era difícil de obter, a taxa de mortalidade das crianças holandesas com doença celíaca diminuiu. Com o final da Guerra e o aumento da disponibilidade de farinha de trigo na alimentação, as taxas da doença voltaram a subir para os níveis iniciais. Foi então que o médico holandês, que já desconfiava que o trigo fosse o causador dos problemas, apresentou a sua tese, que documentava o glúten como o responsável dietético pela doença celíaca.
O que é o glúten
Em tempos idos não havia glúten. Esta proteína complexa, que é o principal componente do trigo, desenvolveu-se ao longo de milhares de anos. O glúten é uma proteína estranha e única que, juntamente com os seus parentes próximos, a secalina e a hordeína, da cevada e do centeio, é uma das únicas que não conseguimos digerir.
A doença
A doença celíaca é uma doença que afeta pessoas com predisposição genética causada pela permanente sensibilidade ao glúten, é uma doença auto imune que conduz à destruição do intestino.
A ingestão de glúten, mesmo que em pequeníssimas quantidades provoca lesões na mucosa do intestino delgado, que se traduzem pela diminuição da capacidade de absorção dos nutrientes.
A eliminação do glúten da alimentação permite que o intestino regenere por completo da lesão e o organismo recupere.
Contudo, se houver reintrodução do glúten na alimentação, as inflamações regressam e os sintomas reaparecem.
Consequências
As pessoas com doença celíaca são mais propensas a ter problemas relacionados com má absorção, incluindo diarreia, inchaço, perda de peso, náuseas, vómitos, anemia, osteoporose e defeitos no esmalte dentário. Embora, nem todas as pessoas apresentem estes sintomas e existam casos assintomáticos.
A autoimunidade da doença pode conduzir à inflamação do sistema nervoso central e periférico, a doenças do pâncreas e de outros orgãos.
A doença celíaca não tratada tem sido associada a um risco aumentado de certos tipos de cancro, especialmente o linfoma intestinal.
Atualmente não existem medicamentos para tratar a doença celíaca e não há cura. Mas as pessoas com doença celíaca podem ter uma vida normal e saudável se seguirem uma dieta isenta de glúten para toda a vida.
Um pouco de história
Há quase 2000 anos foi relatado, o que se pensa ter sido o primeiro caso da doença celíaca, um caso de "sofrimento das entranhas", por um dos mais célebres médicos gregos.
Passados 200 anos foram relatados casos semelhantes na literatura médica.
A grande descoberta que acabou por conduzir à dieta sem glúten, foi feita pelo pediatra holanês Willem-Karel Dicke. Durante a Segunda Guerra Mundial, quando a farinha de trigo era difícil de obter, a taxa de mortalidade das crianças holandesas com doença celíaca diminuiu. Com o final da Guerra e o aumento da disponibilidade de farinha de trigo na alimentação, as taxas da doença voltaram a subir para os níveis iniciais. Foi então que o médico holandês, que já desconfiava que o trigo fosse o causador dos problemas, apresentou a sua tese, que documentava o glúten como o responsável dietético pela doença celíaca.
O que é o glúten
Em tempos idos não havia glúten. Esta proteína complexa, que é o principal componente do trigo, desenvolveu-se ao longo de milhares de anos. O glúten é uma proteína estranha e única que, juntamente com os seus parentes próximos, a secalina e a hordeína, da cevada e do centeio, é uma das únicas que não conseguimos digerir.
A doença
A doença celíaca é uma doença que afeta pessoas com predisposição genética causada pela permanente sensibilidade ao glúten, é uma doença auto imune que conduz à destruição do intestino.
A ingestão de glúten, mesmo que em pequeníssimas quantidades provoca lesões na mucosa do intestino delgado, que se traduzem pela diminuição da capacidade de absorção dos nutrientes.
A eliminação do glúten da alimentação permite que o intestino regenere por completo da lesão e o organismo recupere.
Contudo, se houver reintrodução do glúten na alimentação, as inflamações regressam e os sintomas reaparecem.
Consequências
As pessoas com doença celíaca são mais propensas a ter problemas relacionados com má absorção, incluindo diarreia, inchaço, perda de peso, náuseas, vómitos, anemia, osteoporose e defeitos no esmalte dentário. Embora, nem todas as pessoas apresentem estes sintomas e existam casos assintomáticos.
A autoimunidade da doença pode conduzir à inflamação do sistema nervoso central e periférico, a doenças do pâncreas e de outros orgãos.
A doença celíaca não tratada tem sido associada a um risco aumentado de certos tipos de cancro, especialmente o linfoma intestinal.
Atualmente não existem medicamentos para tratar a doença celíaca e não há cura. Mas as pessoas com doença celíaca podem ter uma vida normal e saudável se seguirem uma dieta isenta de glúten para toda a vida.
Fonte: APC celíacos e Dr. Alessio Fasano, Dieta sem glúten
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